terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Um feriadão que marcou minha vida!

Oi, estou aqui ainda. Estava me dedicando um pouco à faculdade e esperando refrescar a cabeça após a minha última viagem. Não sabia exatamente por onde começar. Foi muita informação, muita emoção, estava eufórico. Agora estou mais “calmo” e consigo lhes transmitir tudo que vivenciei, de maneira clara e objetiva. Risos. Antes, vale lembrar que tenho somente mais uma semana de aula, retornando de férias dia 10 de janeiro. Por isso, estamos finalizando etapas de trabalhos e os entregando na próxima semana.
Então, minha última viagem foi no feriadão que tivemos aqui na Itália, do dia 4 a 8 de dezembro. Fomos para Pisa, Florença e Roma. E até agora me pergunto se realmente estive lá, ou se era um sonho.
Primeiro passamos por Pisa. Maldita aquela torre, eu achava que era mais fácil tirar fotos a empurrando, ou chutando, ou fazendo sei lá o que. Risos. O que importa é que conseguimos produzir uma série bem engraçada de fotos, o menos “clichê” possível. A cidade de Pisa em si me surpreendeu. Todo mundo fala que o interessante lá é a torre e pronto. Ok, é fato. Mas Pisa é realmente uma cidade muito aconchegante e bonita. Esperava bem menos.
Após passar meio dia em Pisa, o que foi suficiente, fomos em direção a Florença. E já na chegada fomos surpreendidos pela beleza espetacular da cidade. Não sabíamos se caminhávamos ou ficávamos admirando o local. Então decididos a já começar a conhecê-la. Largamos nossas coisas no albergue e fizemos nosso primeiro passeio noturno. Demais. Aqui vale um parênteses sobre o albergue que ficamos. Pra começar não o encontrávamos na tal rua que o site fornecia. E quando resolvemos ligar, nos falaram que estávamos na rua certa. Mas o estranho é que a rua era escura, estreita, (ok,”estreita” não é parâmetro pra nada em Florença, e nem qualifica ou desqualifica qualquer prédio. Risos), e não havia nenhum letreiro digital com nome do albergue. Pedi demais também. Enfim, o albergue se resumia a um apartamento antigo, bem apresentável até, com uns 3 ou 4 dormitórios, onde em um destes, os donos permaneciam. Assim sendo, parecia que estávamos na casa de alguém. Alguém que não utiliza microondas, nem precisa de muito espaço para tomar banho, já que o Box do banheiro devia ter uns 60 por 60cm. Mas o que mais nos impressionou foi a ausência do microondas. Ainda mais após chegarmos com 5 pizzas para cozinhar. Risos. Pizza feita na frigideira, nova tendência.
Bom, após passearmos a noite, voltamos e dormimos como pedra. E acordamos como operários é claro, super cedo. Tempo é dinheiro. Ou, acordar cedo é dinheiro. Melhor que isso, acordar cedo é chegar antes dos japas nos pontos turísticos. Risos. A cidade é espetacular, a cada canto existe algo para ser explorado e conhecido. Aprendizado a cada 5 passos. Ainda mais quando se têm ótimos professores ao nosso lado, para chamar a Duomo de biblioteca, ou uma igreja Renascentista de Barroca. Risos. Nem vem ao caso detalhar todo passeio, pois seriam horas e horas de falatório. E mesmo o primeiro dia sendo com chuva, aproveitamos muito e também cansamos muito. Já no dia seguinte, sol, muito sol. Não poderia ser melhor que isso, ainda mais para subir até a “Piazzale Michelangelo”. Uma praça situada no alto de Florença, de onde você enxerga toda cidade. Encantador. Encantador mesmo é subir até lá, e concluir que nosso preparo físico não está mais tão bom assim. Risos. O que importa é que a vista é espetacular, fiz até uma foto panorâmica para terem uma idéia, (foto). A noite deste mesmo dia fomos para Roma. Que nervoso, que ansiedade. E já ao chegar, um susto. Estamos em Roma. Risos. Carros buzinando, quase passando um por cima do outro, pessoas gritando, sujeira, uma confusão. Que bagunça, que função. Por favor, me deixem passar. Risos. Mas é isso aí, é Roma. Já esperávamos tal característica, e acreditem, não é nada desconfortável, faz parte do pacote.
Fomos então ao nosso albergue, com uma recepcionista super engraçada, (coitada, estou tentando rir das piadas que ela fez na tentativa de interagir até agora), e finalmente com cara de albergue. Ufa. Adivinhem, dormimos como uma pedra, e de novo, acordamos como operários. Mas sempre muito animados. Ok, mentira. Eu sempre muito animado, o resto do pessoal me xingando e mandando calar a boca.
Foram 3 dias visitando a cidade. 3 dias que passaram voando, e que pra conhecer tudo, foi muito pouco. Eu queria uns 7 no mínimo. Queria sentar e ficar admirando, por horas e horas. Queria curtir a cidade sem pressa, sem correria. Tudo bem, já foi demais o tempo que ficamos, e não posso reclamar. O que mais impressiona além da grandiosidade das coisas, é a veracidade e imponência no cenário que se arma ao redor. Sim, você está caminhando pelas ruas, entre uma árvore e outra e lá no meio, surge o Coliseu. Incrível. Ou, entre ruas estreitas meio a restaurantes e lojas, surge o Pantheon, ou seria Partenon? Risos. Ou então resolve ir a missa, olha pra cidade e aquela coleção de cúpulas, e surge a dúvida: em qual igreja eu vou? Afinal, são tantas igrejas, e uma mais linda que a outra. Mas se você não quer ter dúvida mesmo, vá direto para o Vaticano e se emocione, como eu fiz. Você não vai acreditar que está lá, e melhor que isso será abençoado por uma energia incrível. Indiferente sua religião ou sua crença, o que domina lá são as energias boas. No geral, em qualquer parte que você está em Roma, você se sentirá assim. É uma cidade onde as pessoas vão em busca de renovação, espiritualidade. Vão pedir coisas boas para a vida, para o mundo, vão atrás de esperança. E isso tudo te atinge. Imagine uma cidade onde todos ao seu redor emitem uma energia positiva. No mínimo renovado você voltará. Dito e feito. Assim eu voltei.
Mas falando do Vaticano particularmente, lhes digo que não tem como não se emocionar. Ainda mais quando você está caminhando pela cidade e ao olhar a sua esquerda, se depara com ele, que segundo seu mapa era muito mais distante do que parecia. (Por sinal, é possível conhecer Roma a pé. Basta ter disposição). Estávamos todos lá, deslumbrados, mesmo cansados. Era noite já, (as 17 horas – risos), e ser recebido pela Piazza di S. Pedro iluminada foi incrível. Isso foi no primeiro dia de visita, e fora dos planos para este dia, superamos nossas expectativas. No dia seguinte, lá estávamos novamente. Com direito a entrar no museu do Vaticano, visitar a Capela Sistina, (que até agora não acredito que vi ao vivo e a cores toda pintura no teto feita por Michelangelo), e pra finalizar, entrar na Basílica. Incrível. Todos emocionados e felizes.
No dia seguinte, o último, adivinhem quem vimos. O Papa. Dia 8 de dezembro, além do aniversário da minha mãe, é o dia de Nossa Senhora da Conceição, feriado na Itália e dia em que o Papa faz uma benção da janela de seu “flat”, (risos), no Vaticano e a tarde da Praça da Espanha. Pois bem, estávamos lá no Vaticano, tirando nossas últimas fotos no local, e indo em direção a Praça da Espanha na expectativa de ver o sr. Bento. Só que não havíamos parado pra pensar que para ele ir até lá teria que sair do Vaticano. E acreditem, nos atrasamos, erramos a rua em direção ao metrô, e diga-se de passagem por sorte encontramos um vuco vuco de pessoas esperando alguma coisa acontecer. Alguém passar por ali. Esperamos, e para nossa surpresa lá adiante vinha o Papa Móvel. Sim, eu vi o Papa, e acredito ter sido abençoado por ele, a uma distância de mais ou menos 4 metros. Foi demais. Finalizando a viagem com chave de ouro.
Após esses dias maravilhosos, voltamos em uma viagem noturna de trem, e se não fosse o Ricardo e o João nos acordando na chegada, eu e as gurias teríamos seguido viagem. Risos. Isso porque as gurias nem gostam de dormir, (ok), e eu porque quase não havia dormido durante a noite. Logo, ao trocar de trem pela manhã e ficar um pouco mais confortável, apaguei de uma maneira que não importava o quanto pulava ou sacudia aquele trem, o que importava é que eu dormia desmaiado mesmo com o corpo pulando ou sacudindo no mesmo ritmo. Por sorte cheguei inteiro, com a cabeça no lugar, acima do pescoço, e sem nenhuma outra parte esquecida no vagão. Risos.
Agora estamos aqui, esperando o natal chegar. E com o natal novas viagens e um novo ano. É isso aí, o tempo voa, e cada dia que passa estou mais perto de voltar ao Brasil. Para mim, parece que foi ontem que cheguei na Europa, e não há 4 meses.

Beijos e Abraços
Saudades

Um comentário:

  1. grata por manter in off o nome da professora sensacional da nossa viagem! huahuahuahuha

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