quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Os primeiros países

Suíça – Genebra e Zurique
Bom, ao planejar minha viagem, o primeiro país a passar seria Suíça. O que para um começo não foi nada mal, afinal, quem nunca quis conhecer algumas cidades deste país. Quem nunca recebeu algum power point com fotos e mais fotos de lá.
Então, a primeira cidade escolhida foi Zurique. A primeira de todas as tantas que eu ainda iria conhecer na Europa.
E não foi só a primeira cidade. Foram os primeiros anseios, os primeiros sustos. Foi chegando em Zurique que desci na estação errada e já bateu um nervoso. Mas deu tudo certo, já que a estação que eu devia descer era apenas 5 minutos após. E eu apavorado achando que estava mega perdido.
Enfim, a cidade é muito linda. Muita limpa, organizada, cenário de cinema. Tudo bem que para um filme do estilo “O Diabo veste Prada”, onde as pessoas pagam 4 Euros por uma água e acham normal. Eu não achei. Mas ok.
Era muito verde, um lago azul, azul do cal na verdade. Devido as montanhas, os Alpes suíço. Olha que nojo, Lucas já viu os Alpes suíços de perto. Não perto perto né, mas mais perto que os power points. E espero que no inverno eu volte lá, para esquiar.
Como eu ia dizendo, tudo muito caro. (Ai Lucas, para de reclamar.) Ok. Então vamos para a próxima cidade, Genebra. Que foi exatamente o que fiz. Passei o dia em Zurique, caminhei, caminhei, caminhei, e caminhei, e a noitinha fui pra Genebra.
Umas 3 horas depois de entrar no trem, lá estava eu, em Genebra. A cidade, parece Zurique multiplicada algumas vezes. Muito parecidas, até o jato de água no lago. Claro que o de Genebra é muito maior. Não vamos menosprezar seu desempenho. Risos.
Logo que chegasse em Genebra, eu deveria reservar minha passagem para Barcelona. Isso porque eu ia dormindo no trem, cama, essas coisas. Hotel Trem eles chamam. Mas quando fui fazer isso já estava lotado. A única opção foi antecipar a passagem para a manhã do dia seguinte.
Logo, lá estava o Lucas, a tardinha, de um dia cansativo, correndo para o albergue para tomar um banho e ir conhecer a cidade. Dito e feito. Fui conhecer a cidade. Uma pena que não consegui ir na sede da ONU. Mas o que vi, eu gostei. Eu disse gostei, não “gastei”, porque afinal estava decididamente a não pagar um tustão pelos preços abusivos das coisas.
Bom, a noite estava em um restaurante na beira do lago, meio a uma praça, (não era eu que não ia gastar nada), eis que de repente no meio da praça surge um DJ. Mais legal que isso foi de repente começar a tocar os hits do momento (Miami “beach” inclusive). BEM BOM.
E assim fiquei por Genebra, até meia noite mais ou menos. Caminhando pra lá e pra cá.
Para ínicio de viagem, comecei bem, valeu a pena.

Espanha – Barcelona e Madri
Como disse, de Genebra a Barcelona. Como eu ia dormindo antes, não tinha nem dado bola para o número de horas dentro do trem que eu passaria.
Mas bá, ficar 12 horas dentro do trem, durante o dia, realmente é cansativo. Sem dizer que tive que trocar de trem na França. E que lá já me deparei com algumas coisas desse país, como o fato deles não falarem inglês.
Lucas sai do trem pra trocar, e tenta perguntar informações, quem disse que algum funcionário ajuda. Ok. Sorte que a primeira pessoa, “não funcionário”, que perguntei, estava esperando o mesmo trem que eu, e falava inglês. Ufa.
No trem, já indo da França para Espanha, conheci duas americanas. Gordinhas, como a maioria dos americanos. Muito legais, me dando bola, e meu inglês nível 4 bombando. Brincadeira, eu me surpreendi comigo mesmo, me virei bem com o inglês, e numa dessas até recebi elogio de um canadense. Tudo bem que ele era meio surdo, mas o que importa foi o elogio. Brincadeira, não era surdo não, é que eu disse que o inglês era do “colégio”, já que no Brasil temos uma ótima educação. Olha eu enchendo a bola do meu país, palmas!
Voltando então, lá estava eu no trem, conversando com as gurias. E assim fomos até Barcelona. Sem esquecer daquele odor que comentei, dos franceses. Uma vez que troquei de trem na França, estava quente, muitos franceses no trem, essas coisas, sabe né...
Quando chegamos ao destino, resolvi acompanhá-las ao metro, em direção aos nossos albergues. E lá, dentro do trem, eis que entram 5 figuras super importantes para a novelinha de ação que estaria por se criar. Eram 5 homens (não vou descrevê-los para não parecer preconceituoso, mas imaginem algo como o perfil desses caras que vendem rede no nosso litoral... é o máximo que detalharei), em grupo obviamente. Entraram no trem e se alguém perguntasse para onde iam eles não saberiam responder. Afinal, estavam decididos a nos roubar. Mas as antas nordestinas não notaram isso. Quando notamos era tarde. Eles haviam aberto a mochila de uma das gurias e roubado a carteira. Por SORTE, como ele saltou na próxima estação, se ferrou, porque aquela era a nossa estação. Aí que eu entro na história. Lá fui eu, correndo atrás do cara. E os outros 4 sentados, fingindo esperar o próximo metrô, meio que barrando nossa passagem. Mas mesmo assim eu consegui. E fui, com uma mochila de 15 kg nas costas. E corria, corria, corria. Ele desceu umas escadas, e aí meu amigo, acabou. Estava num corredor sem saída. MUITOS RISOS AGORA. Ele era pequeno, e ficou com medo de mim. Ou seja, estava sem arma, eu estava suado, com cara de apavorado e não de bravo, mas pelo visto devem ser muito parecidas as caras. Ele jogou a carteira no chão, eu peguei, e o xinguei em inglês. Não sei porquê. De repente porque as amigas eram americanas, dã.
Após isso, fomos para nossos albergues, e no dia seguinte uma viagem maravilhosa começou. Nossa, foi demais. Apesar de ter que ficar o tempo todo ligado com os malditos ladrões, foi muito legal. Conheci coisas que sempre sonhei em conhecer, e no momento nem acreditava em estar lá. O tempo colaborava a cada minuto. Era sol e calor. Era marca de camiseta e de óculos.
Foram 3 dias ótimos. Conheci muita gente também. O albergue tinha 6 andares, hospedava umas 400 pessoas mais ou menos. Bem ao lado da Casa Gaudí, muito bem localizado. Os passeios foram ótimos, peguei um ônibus turístico durante dois dias, o que me proporcionou conhecer lugares como A Sagrada Família (o que pra mim foi o menos emocionante), ou o próprio parque Guell, DEMAIS. O 3º dia me dediquei a parte nova da cidade, a praia. Valeu muito a pena. Fui no aquário, que é o maior de não sei o que. Ok, todo lugar que eu ia, tinha um aquário maior que não sei o que. Nesse papo eu não caio mais. Mas foi ótimo também. Eu realmente parecia uma criança.
Bom, ficar descrevendo cada coisa seria muito cansativo para quem lê. Para isso ficam as fotos. Agora vamos para Madri.
Saí de Barcelona e em 3 horas estava em Madri. No albergue que fiquei, a recepcionista faxineira telefonista camareira, ou seja, a faz tudo, era brasileira. Muito querida ela. Pena faltar um dente bem na frente. E pra ela iria bem uma dieta, sem carboidratos também. Fica dica. Como ia dizendo mesmo, o albergue era muito legal, ótima localização.
O que me proporcionou poder passear a pé por Madri. Pelo menos nas partes principais.
E assim fiz, conheci tudo que tinha direito, e ainda fiz amizade com um pessoal de lá. Dentre eles Álvaro e Ana. Os que me acompanharam em um dia de passeio. Me levaram até a uma arena de touradas, e ao Real Madri. Bem desocupados, mas muito legais. Já tenho amigos pra quando for novamente.
Madri foi uma cidade que não me chamou muito a atenção. Apesar de bonita, de estar repletas de praças, não foi algo que eu dissesse que me agrada 100%. Isso porque achei as praças muito secas. Você está lá, em um calor de matar. Não tem praia. Mas tem praças. Daí você vai ás praças, e encontra brita e mais brita, e lá no fundo uma árvore.
Claro que posso estar exagerando, mas muitas praças são assim. Exemplo disso é a Praça Maior (foto). Muito conhecida, mas nada arborizada. Ok, não é o objetivo da praça, mas então não me encham de mesas e cafés no local. O povo não agüenta.
Diz que Madri é uma cidade cheia de festas. Pena eu ter ido durante a semana então. Diz que o Lucas voltará para conferir. Diz que.
Enfim, já estou tonto de tanto escrever, e tanta informação. Isso que não deve ter sido nem 10%, o que dizem que é o que a gente absorve de tudo que aprendemos. Estou devagar ultimamente, mas prometo voltar a exercitar o cérebro.
Por hoje é isso. No próximo post escrevo sobre Portugal, França e Holanda.

Bjos e Abraços

4 comentários:

  1. Oi Lucas.. Aiii só pra dizer que leio todo dia teu blog.. Eu como ums boa estudante de arquitetura to locaa pra ir viajar tbm.. e pelo que estou vendo de você, devo ir meeesmo,estou adorando ler oque vc escreve.. Parabens pela iniciativa.. Muito legal.. Beijoos e ótima viagem..

    Natália Diehl

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  2. hisuahiuahisuasiuah

    Que diver essas historias! Me lembro quando fui no Aquario de Barcelona, o Lucas ate comprou uma baleiazinha pra mim (!) hsaiuhaiushaius

    Muito interessante tua viagem! Logo poderá escrever um livro!!
    E quer dizer que virou heroi na Europa.. mas q chiqueee!! Tem que continuar malhando pra nao ser rebaixado.
    ahsiuahiuahisuhaiushaiua

    Brincadeirinha!

    Adorei as historias... Posso imaginar q dentre tantas descobertas a saudade de familia acaba ficando pra depois.

    Aproveita muito!!

    BjOOs!

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  3. Adorooo...
    certamente dará um livro de memórias..

    hahaha
    adorei a história do roubo!!
    mto boa!

    Beijooo
    te cuida!

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  4. Lucalaaaas, adorei esse post!!!
    Muito bom de ler tuas histórias, consigo até imaginar tua voz! haha
    Beijão!

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